Homens se tornam diaristos e driblam o preconceito

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 14,4 milhões de pessoas estão desempregadas atualmente no Brasil – o maior número da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD contínua), que começou em 2012. O avanço da Covid-19 foi o principal fator para o aumento do desemprego. Preocupados com a situação financeira e precisando levar o sustento para os seus lares, muitos homens passaram a ocupar cargos que eram, até então, tipicamente femininos.Esses homens se tornam diaristos e driblam o preconceito.

Conheça Carlos Eduardo, diaristo com agenda lotada!

Diaristo Carlos Eduardo Lourenço

Carlos Eduardo Lourenço é diaristo na Mary Help de Sorocaba.

Carlos Eduardo Lourenço é um dos profissionais que atua em um mercado composto quase que totalmente por mulheres, o de limpeza. Com agenda lotada e muitos clientes fixos que não abrem mão do seu serviço, o “diaristo” atua bastante em escritórios e clínicas médicas e é sempre muito bem recebido e elogiado pelo seu trabalho.

Ele foi contratado em novembro de 2020 pela unidade da Mary Help, primeira franquia do Brasil a realizar a intermediação no serviço de diaristas, em Sorocaba, interior de São Paulo. “Na época, fizemos um anúncio para contratação de diaristas e ele foi um dos candidatos. Nos procurou perguntando se contratávamos homens e nós motivados principalmente pela quebra de preconceitos, abrirmos as portas para ele”, explica Claudia Iarossi, responsável pela unidade.

Segundo a franqueada, Carlos é muito dedicado e caprichoso e por isso os clientes gostam muito e pedem para fixarmos os atendimentos somente com ele.  “Confesso que achamos que encontraríamos muita resistência por parte dos clientes, porém fomos surpreendidos positivamente e é muito raro alguém negar um atendimento pelo fato do profissional ser do gênero masculino”.

Claudia diz ainda que acompanha o mercado, principalmente o informal de diaristas autônomos e tem percebido um aumento no número de profissionais do gênero masculino. “Obviamente não há diferença na qualidade da execução do trabalho pelo profissional ser homem ou mulher, o que existe e sempre existiu é uma diferenciação nos quesitos capricho, dedicação, agilidade, proatividade devido o perfil da pessoa, independente do gênero”.

Com relação às vagas de trabalho, Claudia conta que haverá sempre oportunidades para bons profissionais, seja eles do gênero ou raça que forem, e que a faixa salarial pode variar entre R$ 1.800,00 a R$ 2.600,00 mensais. Além da triagem e avaliação dos currículos e referências da pessoa, a unidade analisa o perfil de cada candidato e os aprovados passam por um treinamento para fazer parte da equipe.

“Trabalhar para Mary Help foi uma maneira segura e organizada que encontrei de ingressar em uma área até então pouco explorada por profissionais do gênero masculino, confesso que inicialmente pensei que seria apenas algo para complementar minha renda, mas que com o decorrer do tempo e prestação de serviços, percebi que isso era algo realmente possível. Tenho satisfação naquilo que estou fazendo, e por meio da assessoria prestada pelos franqueados da Mary Help, ao qual sou parceiro, percebi que poderia garantir minha subsistência bem como realizar um trabalho de forma profissional e eficiente.”, declara Carlos.

Claudia finaliza deixando uma mensagem: “Todos nós, principalmente empresários e empreendedores, devemos sempre quebrar a barreira de qualquer tipo de preconceito”.

Unidade da Mary Help em Florianópolis também conta com muitos diaristos

Outra unidade, também da Mary Help, que conta com “diaristos” é a de Thais do Nascimento, em Florianópolis (SC). “Nunca enxerguei esse trabalho como algo unicamente feminino. Já tivemos outros homens, que ficaram conosco por um bom tempo”, relata.

Hoje a unidade dela conta com quatro “diaristos”, um, inclusive, que foi recentemente contratado. “Um dos profissionais que está conosco há mais tempo, atende, inclusive, como personal organizer, além dos serviços de faxina residencial e comercial”.

Thais revela que as avaliações dos clientes são sempre ótimas e que em geral eles acham os profissionais excelentes, educados e detalhistas. “Minha expectativa é que as pessoas abram mais a cabeça, deixem o preconceito de lado e entendam que é uma mão de obra tão qualificada quanto a feminina, mas que infelizmente pela não aceitação de algumas pessoas, eles acabam não encontrando tantas oportunidades no mercado”.

Matéria na Jovem Pan fala sobre o mercado para trabalhadores domésticos  

Franqueada da Mary Help é uma das entrevistadas na matéria da Jovem Pan

Claudia Iarossi, responsável pela unidade da Mary Help em Sorocada (SP), concede entrevista para a Jovem Pan

O Jornal da Manhã, da Jovem Pan, veiculou recentemente, matéria sobre diaristos, ou seja, homens que estão trabalhando de domésticos. A reportagem mostra que a função tem ganhado espaço no meio masculino. Claudia Iarossi, responsável pela unidade da Mary Help em Sorocada (SP), é uma das entrevistadas!

Assista na íntegra, acessando https://www.youtube.com/watch?v=2ejag0qT844&t=1353s

A matéria encontra-se por volta de 01h32 de vídeo.